O amor que cativas em mim
Sobre como o ato de educar se transforma, também, num gesto de amor ao próximo, apesar das pedras no caminho da educação
LENILTON JUNIOR
Em um dia de comemorações ao Dia do Professor, faz-se necessário discorrer sobre os laços de amizade que nascem no ambiente escolar, mas que ultrapassam os limites da escola, o que comprova a importância do professor.
Professor é aquele que, além de mediar o conhecimento científico conjugado a prática, acaba por tomar partido das dificuldades no processo de ensino-aprendizagem de seus alunos, e, de alguma forma, ajudá-los a se encontrar pessoalmente e profissionalmente nesse nosso mundo tão injusto e tão desafiador.
Quando optamos por contribuir para um mundo melhor formando cidadãos críticos do mundo em que vivem e conscientes de que são eles que podem decidir o futuro da humanidade através de seu modo de pensar, agir e dialogar com os outros, sem dúvida, assumimos uma responsabilidade muito grande.
Entretanto, quando vimos que aquela pequena semente de esperança, plantada em meio a tantas dificuldades (má valorização do professor, escolas mal aparelhadas e adversidades mil) vingou, enchemos os nossos olhos de lágrimas de alegria, porque isto nos impulsiona a continuar fazendo aquilo que amamos fazer: ensinar, trocar experiências, amar nossos alunos e nos sentirmos parte de suas vidas. Mais do que isso, quando, mesmo após ter sido nosso aluno, aquele cidadão que nós ajudamos a se encontrar no mundo se lembra de nós no Dia dos Professores e nos agradece por ter feito parte da vida dele, o ajudando de alguma forma, nos sentimos recompensados por tanto esforço concentrado em prol da realizacao do(s) sonho(s) do outro e de dias melhores.
Em contrapartida, é triste lecionar e não ver sentido naquilo que se faz na sala de aula ou, até mesmo, fora dela, porque alunos não dão a necessária atenção àquilo que seu Mestre quer mediar para ele. Talvez seja este o principal motivo de tanto desânimo com a educação, além dos outros aqui já relatados.
A educação que vem de casa tem faltado a escola, desmotivando o professor e transformando a alegria e o ânimo para lecionar em descontentamento e sentimento de derrota, o que se reflete no baixo rendimento escolar e, consequentemente, numa educação que definha, porque um dos principais pilares da educação (ou, pelo menos, parte significativa dele) parece ter renunciado a sua tarefa de proporcionar apoio aos alunos (seus filhos) e aos professores (seus parceiros) no processo de formação de cidadãos que, mais tarde, assumirão cargos significativos na sociedade.
A educação que vem de casa tem faltado a escola, desmotivando o professor e transformando a alegria e o ânimo para lecionar em descontentamento e sentimento de derrota, o que se reflete no baixo rendimento escolar e, consequentemente, numa educação que definha, porque um dos principais pilares da educação (ou, pelo menos, parte significativa dele) parece ter renunciado a sua tarefa de proporcionar apoio aos alunos (seus filhos) e aos professores (seus parceiros) no processo de formação de cidadãos que, mais tarde, assumirão cargos significativos na sociedade.
Nós, professores, não desistiremos de nossa árdua luta, mas pedimos mais valorização, mais apoio, mais amor. Este último é o ingrediente mais importante para que possamos continuar fazendo nossa parte, até porque uma pessoa sozinha não consegue chegar a lugar algum, mas se todos derem as mãos, juntos seremos mais fortes e atingiremos nossos objetivos de forma mais efetiva.
É tão bom ver nosso aluno conseguir alcançar seus objetivos e se realizar pessoal e profissionalmente. Mas é muito ruim quando sabemos que algum deles não conseguiu, por algum motivo, subir no palco da vida e conquistar seu espaço.
Portanto, alunos são como pedras preciosas brutas que precisam ser lapidadas para que a sociedade enxergue seu valor. Entretanto, somente os professores não conseguirão dar conta de tamanho desafio.