quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

A importância da legitimação da mudança que queremos fazer em nós mesmos

Lenilton Junior

Segundo o Dicionário Houaiss de Língua Portuguesa,  mudar significa ato ou ação de transformação de um estágio anterior para um novo estágio ou estado de coisas. Entretanto, sabemos que de nada adianta a ideia se não houver a execução dela, pois legitimar a mudança que queremos em nós é o primeiro passo para atingirmos nossas metas.

Quando ocorre alguma espécie de mudança, seja ela comportamental ou, até mesmo, atitudinal, é sinal de novo planejamento, novas direções que serão tomadas como soluções mais eficazes (pelo menos em tese) para nossos problemas cotidianos. Acrescente-se que o desejo de mudar, se conjugado à atitude de efetivar a mudança, é uma das engrenagens da vida, pois com ela aprendemos a acertar e  erramos para reaprender a acertar.

Mas para mudar é preciso ter disciplina, coragem e, sobretudo, iniciativa. A disciplina nos ajuda a controlar o corpo e a mente. A coragem, por sua vez, nos ajuda a não desistir de nossos objetivos. Já a iniciativa nos ajuda a superar a nós mesmos. O que não é fácil de fazer, mas também não é impossível.

A mudança e, mais do que isso, a coragem para mudar é algo fundamental nas nossas vidas, porque é através delas que, também, vamos definindo nossa personalidade, nossas relações com nossos pares e com as demais coisas que estão à nossa volta.

Portanto, fica claro que o desejo de mudar associado ao desejo de efetivar estas ideias consiste em uma das iniciativas mais significativas  para a espécie humana, pois dar liberdade a si mesmo para reorganizar ideias e ações é algo imprescindível nas nossas vidas.
Da necessidade de sair da zona de conforto e viver, 
efetivamente viver

Lenilton Junior

Todo ser rico ou pobre, letrado ou ignorante, brasileiro ou estrangeiro sabe da importância de sair de casa e trabalhar. Mas a importância disso consiste não só no fato de conseguir dinheiro para pagar as contas e sobreviver. É muito mais do que isso. 

Com quantas pessoas lidamos a cada dia, cada uma com um ponto de vista diferente sobre a vida e sobre as coisas que fazem parte dela? A quantos desafios somos submetidos diariamente? Quantas experiências nos ajudaram a nos tornar pessoas melhores ou simplesmente fizeram parte de nossa história para nos fazer repensar sobre quem somos e o que queremos ser.

De modo semelhante, a nossa vivência cotidiana no âmbito familiar nos faz crescer como pessoas, como profissionais, mas também como filhos de Deus. As proximidades e os distanciamentos entre um familiar e outro é ensinamento. As situações de conflito, os momentos felizes, os momentos marcantes ou, ainda,  as memórias familiares, o sentimento de nostalgia, amor, rancor, desconforto. 

Mas quantas pessoas estão prontas física e psicologicamente para vivenciar estas experiências? Quantos conseguem sair da zona de conforto e, ao menos, tentar solucionar seus problemas cotidianos? Pouquíssimos. 

Viver a vida efetivamente é o que poucos fazem. Agir com sinceridade, ser grato pelo que possui, comer sem culpa, vestir sem a ditadura da beleza, deitar na cama sem pensar nos problemas e amar sem medida, quando o amor for verdadeiro, são os problemas da humanidade. É válido lembrar que chamamos de zona de conforto as ações, pensamentos ou comportamentos que não causam medo, aflição ou qualquer sensação de desconforto nas pessoas.

A cada dia que passa, nos esquecemos de que somos humanos, de que sentimentos também nos movem. Nos esquecemos disto, por causa da alienação de que nunca o que temos será o bastante para viver bem. Daí a necessidade de trabalhar mais, se desgastar mais e viver menos, bem como aproveitar menos quem realmente nos ama.

Portanto, é preciso ter coragem para enfrentar nossos problemas diários, e atitude para saber que sair da zona de conforto é uma necessidade humana.