sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Ano Novo?
LENILTON JUNIOR

Esse é o último texto que escrevo para o blog em 2016. É um texto sobre a gente, sabe? Não tem dia em que a gente fica pensando nos nossos sonhos e no que é preciso fazer para alcançá-los? Pois é.

Estive pensando nos problemas por que passo e nos objetivos que tenho planejado alcançar. Logo me veio a cabeça a ideia de que somos nós mesmos que colocamos impecilhos no nosso caminho. Daí, fiquei pensando...Como a gente consegue ter tanto medo de correr atrás daquilo que a gente quer? O novo deveria nos entusiasmar, mas a maioria das pessoas tem medo dele, do diferente.

Caro leitor, você já parou para pensar em que medida as novas experiências, sejam elas boas ou ruins, te ajudam a amadurecer? A ser uma pessoa melhor? Caramba! Viver BEM é algo que nem todo mundo sabe fazer. Sair da zona de conforto pode causar descontrole emocional em algumas pessoas. Arriscar-se, então, parece a mesma coisa que ser lançado ao fogo. 

Precisamos acreditar que, mesmo diante das adversidades, é possível "enxergar a luz no fim do túnel", mas é preciso ter condições para ver essa luz. Isso significa: abster-se da hipocrisia, orgulho e, sobretudo, da ignorância.  Lembremo-nos, por exemplo, que, na era da informação, é inadmissível não saber aproveitar as ferramentas tecnológicas a nosso favor.  Afinal, elas não foram feitas apenas para a execução de atividades fúteis, como olhar o Facebook dos "amigos" para saber o que eles fazem, como fazem e/ou com quem eles convivem e curtir e/ou comentar as ações alheias. Em outros termos, DEVEMOS ser protagonistas das nossas vidas e não platéia da vida dos outros (paráfrase do pensamento de uma usuária do Facebook).

As soluções para nossos dilemas cotidianos estão a nosso alcance. Basta saber investir tempo e, se possível, dinheiro naquilo que efetivamente é importante. Concorda? Começando pelo senso comum, basta compreendermos que: estudar sempre foi a melhor estratégia para o alcance de nossos objetivos pessoais e profissionais - Não é difícil encontrar histórias de pessoas bem sucedidas devido ao investimento que elas fizeram em seus estudos; organizar-se financeiramente também não é uma tarefa complicada, pois se todos tivessem consciência da importância do planejamento  não  haveria uma série de pessoas individadas. Do mesmo modo, atualizar-se para manter-se em um emprego que valha a pena nunca foi tão fácil, graças à disciplina exigida para trilhar o caminho até nossos objetivos.  Reparou que somos nós quem criamos problemas? É necessário empenho pessoal ? Claro que sim. Entretanto, todos sabemos que para colher bons frutos é preciso sabermos plantar bem a semente. 

Consoante as considerações anteriores, todos nós temos plena consciência dos problemas que afetam nossa vida e a vida  de nossos pares. Porém, falta-nos coragem para reconhecer que somos humanos e que precisamos, igualmente, perdoar a quem precisa; ouvir quem quer falar -  ouvir as informações direto da fonte para que possamos efetivamente compreendê-las e não apenas repetí-las - e saber dialogar. 

Há um certo tempo, pensava que faltava diálogo entre as pessoas, o que justificava tanto fracasso mas nossas  relações : guerras, rebeliões, genocídios.  Hoje percebo que o que falta mesmo é EDUCAÇÃO de todos os tipos e com suas devidas  especificidades. 

Mais uma vez utilizo argumentos do campo da tecnologia para falar de problemas sociais que podem ser solucionados: nossos jovens perdem um precioso tempo em sites de redes sociais com brincadeiras que não trazem contribuição significativa à suas vidas. Quando não fazem isso, ocupam-se com selfies, em busca da face que perderam no espelho (no dizer da poetiza Cecília Meireles), depois de se entregarem à correria do dia a dia. Não é assim? Porém, a dependência dessas ferramentas é um risco iminente à saúde.

Precisamos "respirar"  ou "recarregar as baterias" não apenas no período de férias, mas a todo tempo. Para isso, é preciso dividir o tempo e aproveitar ao máximo a interação interpessoal presencial. Afinal, na interação face a face, dispomos de mais recursos para nos comunicarmos com outras pessoas: os gestos, o olhar, a roupa - que também é um texto -, até mesmo a entonação de voz, fatores imprescindíveis para compreendermos as regras de convivência social e nos reconhecermos como animais politicos, no dizer de Aristóteles. Quanta coisa bacana, não é? Ignorar a importância das relações interpessoais presenciais é perder a oportunidade de adquirir experiências e, possivelmente, nos desenvolvermos pessoal e profissionalmente.

Portanto, sejamos mais otimistas e honestos consigo mesmos, pois a mudança que queremos fazer nas nossas vidas depende de nós mesmos. Somos nós os nossos maiores inimigos. 

Feliz Ano Novo! Happy New Year! 

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